sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Ressaca carnavalesca.


Cabô folia. Cabô ziriguidum. Cabô descaração, minha gente! 

YAAAAAAAAAAAAAAY!

Como foi o carnaval de vocês? Passaram na Band? Na Globo? Na Rede Tv?  No Se Liga Bocão? Beijaram trocentas pessoas? Deixaram a dignidade no fundo da latinha de cerveja que o catador levou? Tiveram ressaca moral? Louvaram a Deus? Falaram em línguas? Queimaram na unção? Êta salvação garantida!

Daí que, contrariando a ideia que a maioria das pessoas fazem de mim, eu fiquei quietinha nesses dias de folia. Um primor. Uma mocinha saudável e comportada. A minha rotina diária consistia em: dormir cedo, acordar cedo, tomar banho gelado, beber minha vitamina babadeira, tacar bronzeador no corpo e ir ser feliz na praia, na piscina, na grama, na rede, na bacia de lavar roupa. Quis virar sereia, mas lembrei que não daria certo por motivos de: com pernas coladas não tem como escalar, dar flic flac com duplo twist carpado, tampouco fazer a rebolativa na noite. HAHAHA!
Entre um picolé de cajá, tangerinas e vários copos de suco de limão, li metade de um livro que levei (tá pensando que travesti é bagunça?!), curti a família, tomei banho de cuia no quintal ao som de Caetano Veloso ( quem nunca fez isso, por favor, faça!), meditei, escrevi uns 5 textos, organizei o pensamento,tive uma porção de ideias legais para esse ano, bati um papo com Amy Winehouse, fiz conexão com o Himalaia e separei umas coisas, sentimentos e até pessoas que deveriam ser incineradas na quarta-feira de cinzas. Sim, sou dessas, mas podem relaxar que não vou tacar querosene na cara de vocês. HAHAHA!
Eu levei a câmera e deveria ter fotografado bastante, mas a vontade de não fazer nada, ser feliz  e me bronzear me consumiu. Só que, como todo travesti de verdade, sem um flash babadeiro eu não poderia ficar, não é mesmo? Não tô morta, meuamô!


Essa latinha é cenográfica, gente. Se eu bebi eu não lembro. Beijos. 

Cantar Love on Top na piscina é vida. Perceber que os vizinhos estão te olhando sem entender nada é mais vida ainda.

Que delííííícia de coscarque!

Sabe abuso? Sabe entojo? É isso. 




Bahamas, 1980.

Quando o vizinho olha torto para seu cabelo é porque tá lindo. Vai por mim!

Rebelle Fleur.

Bahamas, 1980.

Tô preta, mamãe!
Musa da laje 2013. 
Jamaica, 1977.
Daquelas verdades gostosas, sabe? O Curumin é uma delicinha também. 
Bahamas, 1980.





Embora eu tenha levado uma malinha considerável (o que me fez repensar meu conceito de utilidade, dentre outras coisas.) abracei meus biquines, minha havaiana neon, uns vestidos e saias esvoaçantes e coloridééérrimas, o batom vermelho, os óculos escuros, turbantes, brincão dourado e cabô. Fui feliz e colorida. Da Jamaica a Bahamas. Destaque para os olhares dos meus vizinhos para o meu coque pedrita-Amy-Winehouse-Oxum-África-Angola-viada-louca-solta-meu-braço-caralha! A cara de entojo é por conta da casa. Porque discórdia fashionista é tudo na carreira de qualquer travesti que se preze.

Beijo,vizinhos!
Beijo, carnaval!

Beijo, meu bronzeado!

Beijo, gente!

Vem cá, 2013!




4 comentários:

  1. "...com pernas coladas não tem como escalar, dar flic flac com duplo twist carpado, tampouco fazer a rebolativa na noite."

    Sepultado!
    HAHAHAHAHAHAHAH'

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  2. HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHA E pode? NÃO PODE!

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  3. Bicha, fico só babando. Você arrasa. No look, na beleza e no estilo. Muah, travesti :*

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